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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2017

Não estou pronta para gritos do Ipiranga...

Coração de mãe sofre... Não digo com isto que com os pais não se passe a mesma coisa mas isto de termos moleculazinhas fofinhas carregadas de átomos de carbono, hidrogénio, oxigénio, azoto e afins, em forma de anel e filinha de átomos, a correrem como umas treslocadas na nossa corrente sanguínea prega-nos partidas... Coração de mãe sofre... Aos 13 meses, tive o primeiro jantar sem o baby boy por perto... O que foi sinónimo de ser a primeira noite em que não o adormeci eu... Chamem-me maluca, estranha, what ever... Mas a carga psicológica de não adormecer o filhote pela primeira vez é tramada! Não lhe chamaria propriamente sentimento de culpa, pois ele estava muito bem entregue ao pai e não há melhor do que esse colo, mas o meu coração de mãe estava sempre a querer saber como ele estava, se tinha jantado bem, se estava a brincar, se estava a ver os desenhos animados, se se notava que sentia a minha falta... Sei lá! Todo um desenrolar de questões com que bombardeei o pai para recebe

Eu, todo um mundo de hormonas a transbordar, me confesso

Sim, sou lamechas. Ou melhor, sempre fui... Apenas tenho vindo a piorar desde que descobri que ia ser mãe em Outubro de 2015. Mal sabia eu o poder que as hormonas iriam passar a ter sobre mim (não somente nos obscuros dias da TPM) todos os dias em modo 24/7. É um estado crónico que me assiste todos os dias e que faz parte da minha essência. Sim, sou lamechas. Toda eu sou um turbilhão de hormonas que transbordam dos meus poros qual água em dilúvio da arca de Noé! Tenham cuidado pois a sensibilidade está à flor da pele pronta a mostrar-se em todo o seu esplendor. Sim, sou lamechas... E não tenho qualquer vergonha em admiti-lo. Em escondê-lo. Em mostrar ao mundo aquele outro lado de mim que derrama lágrimas a ver a final do Masterchef. Sim, sou lamechas. E é isso que me torna esta Happy Mom que aqui vos escrevo. Que partilha as roupinhas do baby boy, que gosta de acordar antes do despertar das galinhas para orientar as agulhas no silêncio da casa pela manhã... Sim, sou lamechas. E se

Porque é impossível não escrever...

Pedrógão Grande. Desde sábado que estas duas palavras fazem parte do meu pensamento, da nossa consciência enquanto povo e das nossas preces, para quem acredita. Pedrógão Grande. Desde sábado que estas duas palavras são sinónimo de perda, de sonhos interrompidos, de vidas abruptamente terminadas... De desalento. De tristeza. Mas também de entrega total aos desconhecidos pelos bombeiros que combatem ininterruptamente este incêndio que teima em não dar tréguas. Pedrógão Grande. Desde sábado que estas duas palavras estão associadas a rostos que vamos conhecendo pouco a pouco. De novos ou de menos novos. De famílias. De pais e de filhos. De histórias que ficam por contar. Pedrógão Grande. Desde sábado que estas duas palavras nos mostram o quanto somos pequenos. Que nos mostram o quanto podemos ser impotentes contra uma força da natureza. Que nos mostram o quanto nos devemos entregar às nossas pessoas e sermos gratos todos os dias pela vida que temos. E que nos m

Checklist do dia

Acordar cedo... Check. Preparar lancheira e saco... Check. Besuntar o baby com muito creme... Check. Chapéu de sol no carro... Check. Viagem até à praia... Check. Montar o estaminé... Check. Colocar pés do baby na areia... E ele não acha grande piada à coisa... Mãe sofre!!! That's all, folks!!

Porque as crianças também trabalham...

Hoje assinala-se o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Os dados são claros: milhões de crianças em todo o mundo são afectadas por este problema, principalmente nos países da Ásia e da África subsaariana. Quando se fala em trabalho infantil, a imagem que nos vem logo à cabeça é a de crianças dos países chamados de terceiro mundo ou em vias de desenvolvimento, em condições subhumanas, a produzirem os ténis último modelo da Nike ou as malas mais caras de marcas como Louis Vuitton ou outras semelhantes. A nossa imagem sobre esta questão é naturalmente deturpada pelos muitos documentários que passam na televisão sobre este temas. Imagens de crianças subnutridas colocadas a trabalhar pelos pais, sendo elas, em muitos casos, o único ganha-pão da família. Mas será esta uma realidade assim a tantos quilómetros de distância? Aqui bem perto, dentro das nossas próprias fronteiras, quantas crianças não coseram sapatos tardes e noites a fio em vez de estarem a brincar ou a estudar como seria es

O pH das mães

Quantas vezes não ouvimos aquele clichê de que a maternidade não é um mar de rosas? Ou quantas vezes não desconfiamos daquelas mães que andam sempre bem arranjadas, manicure sempre feita e dizem que os seus bebés não choram? Eu não gosto de pensar que só porque somos mães nos devemos deixar cair no desleixo e não cuidar mais de nós. Mas também acho que dizer que a maternidade não é um mar de rosas, é carregá-la de demasiadas tormentas e isso também não é preciso. Por isso a melhor analogia que encontro é dizer que a maternidade é como um canteiro de hortênsias. Para quem não sabe, as cores das hortênsias, a variar entre rosa e roxo, são uma condição associada ao pH do solo em que elas se encontram plantadas. E o mesmo acontece connosco mães: umas vezes gargalhamos, noutras deixamos cair uma lágrima mais ou menos tímida. Tudo depende do choro do nosso bebé. Tudo depende das dificuldades dos nossos dias. Tudo depende do nosso suporte familiar. Tudo depende se temos aquele modelo xpt

Dia Mundial da Criança

1 de Junho é o dia mundialmente assinalado como o Dia Mundial da Criança. Uma data dedicada a todas as crianças do mundo, privilegiando a sua permanente educação e protecção. Um dia em que se sabe que, no último ano em Portugal, foram devolvidas 43 crianças pelas famílias que se encontravam no seu processo de adopção. Num país em que habitualmente a notícia é sobre a dificuldade em conseguir adoptar. Em que se sabe de tantos e tantos casais que, por impossibilidade ou por opção, entram num processo de adopção que chega a durar anos na maioria dos casos... Esta notícia deixa-me de coração partido... Obviamente não se podem atirar pedras nem fazer juízos de valor sobre estes casos pois não sabemos quais os verdadeiros motivos que estiveram por detrás do retorno destas 43 crianças a instituições... Mas não posso deixar de ficar preocupada caso algumas destas crianças tenham deixado de estar num seio familiar porque houve dois adultos que se fartaram delas. Que deixaram de ter paciência